Híbrido vs plug-in vs elétrico

O que distingue os diferentes tipos de carros ecológicos?
Numa era em que os carros promovem uma condução mais amiga do ambiente, convém saber o que distingue as diferentes variantes - híbridos, híbridos plug-in ou eléctricos - de modo a saber o que melhor se adequa ao nosso dia-a-dia.
O que é um carro híbrido?
Um híbrido é um automóvel cujo funcionamento assenta em duas motorizações distintas, que tanto podem funcionar de forma independente como associadas. O sistema mais comum inclui um propulsor a gasolina e um motor elétrico, no entanto também há híbridos diesel/elétrico. No caso dos veículos a GPL, onde existem dois combustíveis distintos, não se pode falar em híbrido: primeiro, porque existe apenas um motor e, depois, porque a gasolina e o gás alimentam o mesmo bloco em simultâneo.
O que é um carro plug-in?
O híbrido plug-in assenta na mesma tecnologia, mas inclui baterias com maior capacidade e uma ligação para as recarregar por ficha. Isto permite utilizar um plug-in para maiores distâncias em modo exclusivamente elétrico. Aliás, a maioria dos plug-in oferece uma autonomia elétrica de até 50 quilómetros, o que representa a distância média percorrida diariamente por um automobilista europeu. Nestes casos, pode-se assumir que o seu proprietário apenas irá recorrer ao motor a combustão, emitindo poluentes e aumentando o gasto nos postos de abastecimento, quando tiver de cumprir distâncias maiores - num passeio de fim-de-semana ou mesmo nas férias. Com uma vantagem sobre os 100% elétricos: tem a certeza de que chegará ao destino sem sofrer da chamada range anxiety, ou ansiedade da autonomia.
O que é um carro elétrico?
Por fim, há os carros elétricos, ou seja, viaturas que não carecem de qualquer tipo de combustível fóssil para pôr o seu motor a trabalhar. Estes automóveis têm a enorme vantagem de emitir zero emissões de CO2 e de serem, por isso, os mais amigos do ambiente. Poucos, porém, são os que conseguem percorrer longas distâncias, e os que o fazem são obrigatoriamente grandes (para puderem comportar o conjunto de baterias necessário para tanta autonomia) e caros. Os mais comuns - e que têm tido maior sucesso - são os citadinos, como o Smart electric drive, os utilitários, caso do Renault Zoe, ou os familiares, como sucede com o Nissan Leaf.
Carregamento de baterias
No que diz respeito à recarga das baterias, os híbridos são os menos exigentes e o condutor nem sequer dá pelo processo. No entanto, para tirar um melhor proveito do sistema há todo um processo de reaprendizagem de condução, em que se devem evitar as travagens e as acelerações bruscas, promovendo a antecipação e tirando partido de qualquer descida para regenerar energia. No caso dos híbridos, a energia do motor a combustão também poderá servir para recarregar baterias. Os híbridos plug-in, contam ainda com um cabo de carregamento - este pode demorar à volta de oito horas quando efetuado numa tomada doméstica ou atingir os 80% em meia hora num posto de carregamento rápido. Para os elétricos, que também poupam bateria sempre que se desacelera ou trava, não há outra solução se não ligá-los à corrente.
[Fonte: Sapo, KBB]